quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Dados da Drag Star...
Km Total 13.981,7
Litros Total 955 L
Média Total 14,64 km/l









“No es este um relato de hazañas impressionantes.
Es um trozo de dos vidas tomadas en un momento em que
cursaram juntas um determinado trecho,
con identidad de aspiraciones y conjunción
de ensueños”.

(Este não é um relato de feitos heróicos.
É um fragmento de duas vidas que percorreram
juntas um caminho compartilhando as mesmas aprirações
e os mesmos sonhos”.)
Ernesto “Che” Guevara




“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por
meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa
viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que
é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes
valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto.
Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o
próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares
que não conhece para quebrar essa arrogância que nos
faz ver o Mundo como o imaginamos, e não simplesmente
como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores
do que não vimos, quando deveríamos ser alunos,
e simplesmente,
ir ver”.
Mar Sem Fim – Amyr Klink


“Pensar apenas ou
desejar somente nunca
levou ninguém a lugar
nenhum. É necessário
também ação”.
Willian Shakespeare


“A vida é uma viagem a três estações:
ação, experiência e recordação.”
Autor Desconhecido



“Sou um Sobrevivente, um exemplo vivo
do desafio que as pessoas precisam enfrentar
para sobrevier.
Explore. Sonhe. Descubra.”
Autor Desconhecido

Dia 29 – 30/jan/2009

Acordamos cedo e tomamos um bom café da manhã. Seguimos viagem por dentro do Estado de São Paulo.

Alguns abastecimentos, cidades, estradas, e pelo menos o dia estava com um sol fraco.

Passamos por Marília, Itápolis, Batatais, Ribeirão Preto, Altinópolis e chegamos nas Minas Gerais.




Viemos por Capitólio, e chegamos em Divinópolis, onde fizemos o último abastecimento e paramos no trevo onde faríamos o ponto final da viagem juntos.


No trevo de saída para Nova Serrana e Belo Horizonte, paramos e tiramos algumas fotos. Eram as últimas juntos.


Uma sensação boa de ter vencido tudo que passamos, as dificuldades, as alegrias, os estresses e tudo mais que passamos juntos nesses quase 30 dias juntos viajando. Mais algumas fotos, abraços e uma boa despedida.

Segui meu rumo, mais 40 km pra chegar em casa e o Gú ainda andou uns 120 pra chegar em BH.

Pouco mais de meia hora depois eu estava em casa novamente. Realizado. Fotos com meus pais que me esperavam como que já sabendo que eu chegaria àquela hora.


Km. Dia: 783,10


Agora, é preparar para a próxima...

Dia 28 – 29/jan/2009

O dia amanheceu chuvoso e nublado. Mas logo deu uma melhorada. Então saímos pensando que a viagem renderia uns bons 800 km.


Mas pouco antes de chegar em Londrina/PR começa a chover muito, e ao entrarmos em Londrina, caiu um pé d’água. Resolvemos continuar seguindo para ver se conseguíamos sair da chuva.


Alguns km depois de Londrina resolvemos parar devido à chuvarada e esperar um pouco. Lanchamos e quando o tempo melhorou seguimos viagem até o próximo posto, onde o frentista nos avisou que se passássemos por outra estrada secundária, ganharíamos uns 60 km, e foi o que fizemos.


Em pouco tempo cruzamos a divisa de Estados PR/SP e aceleramos, já com a caída da noite, rumo a Assis/SP.


Em Assis, depois de um pouco de procura e um pouco de receio por se tratar de uma cidade de São Paulo, encontramos um bom hotel com bom preço e garagem. Era o que precisávamos para prosseguir no último dia de viagem.

Só restava torcer para que não chovesse no dia seguinte.

Km. Dia: 668,10

Dia 27 – 28/jan/2009

Pela manhã levei minha motoca para uma concessionária Yamaha em Foz do Iguaçu para efetuarem a troca do óleo bem como a troca da junta da tampa da embreagem para ver se sanava o problema do vazamento. Aproveitei para mandar umas roupas para lavar.


O Gú foi pro outro lado trocar o pneu da moto e também o óleo.

E para piorar a manutenção de minha moto demorou, e enquanto esperávamos, fomos dar uma volta pela cidade onde avistei um escapamento que serviria na minha moto e por um bom preço.

Depois de pegar a moto na Yamaha, resolvi ir ao escapamento e isso tudo demorou muito. O Gú ficou impaciente e quase desistiu de ir às Cataratas.


Levei o escapamento original para o Hotel e fomos então para as Cataratas já no fim da tarde. E como o passeio foi bom.


O tempo não estava tão quente, e nas caminhadas pelos entornos das quedas de água, acabamos por molhar muito.



É muito bonito. Valeu a pena o dia, registrado com belas fotos. Só restava agora, com as motos revisadas e tudo conferido, começar o então retorno para casa.


Km. Dia: 0

Dia 26 – 27/jan/2009

Acordamos cedo mais uma vez e tomamos um verdadeiro café da manhã de hotel. Na Argentina, os cafés da manhã são bem fraquinhos se levar em comparação com os que temos no Brasil. Logo em seguida fomos ao outro lado da rua para trocar os pesos que tínhamos por reais, e alguns reais por dólares, visto que o passeio para Ciudad del Este estava marcado para sair logo cedo.




O motorista da van, brasileiro, e também guia foi nos informando de tudo que se passava. E na van tinha também uma família grande de argentinos que estavam hospedados no mesmo hotel e estavam conhecendo e fazendo comprar no Paraguay.




A visita ao centro comercial de Ciudad foi meio decepcionante, uma cidade feia, cheia de camelôs, lojas tomando conta dos passeios, um trânsito intenso e bagunçado. E ainda, na porta de cada loja figurava um segurança com uma super espingarda, parecendo umas ‘calibre 12’, notadamente sem preparo para manusear aquelas armas.



Com isso notamos que a violência deveria ser grande, assim optamos por comprar logo o pneu que o Gú precisava e voltamos para dentro do shopping onde parecia ser um local mais seguro. E lá o Gú comprou uma câmera fotográfica e algumas lembranças, e foi o que eu fiz também.



Voltamos decepcionados para o Brasil e só nos restou almoçar tarde e passar o resto do dia descansando no hotel, que tinha piscina e tudo mais.


Para o jantar resolvemos ir a uma Churrascaria Rodízio para esquecer as má alimentações durante o período que estivemos fora. Comemos muito bem e voltamos ao Hotel, para esperar o dia seguinte onde visitaríamos as Cataratas e mandaríamos as motocas para uma revisão.


Km dia: 0

Dia 25 – 26/jan/2009

Saímos bem cedo do hotel e rumamos para o Brasil. Corria tudo bem nos primeiros 15 km de viagem, até que fomos parados em uma blitze policial.


Eram dois ‘oficiais’, e o mais velho que nos ‘atendeu’ pediu os documentos das motos e os nossos. Conversou um pouco sobre a viagem, quando o policial que nos atendeu veio falando que as motos estavam apreendidas porque havíamos cometido uma infração de trânsito de excesso de velocidade a poucos km e que essa infração na Argentina era passível de multa, apreensão das motos, dos documentos e tudo mais que pudesse fazer para impedir nossa viagem.


Falou ainda que a multa era cerca de 1.500,00 pesos e que os policiais recebiam metade deste valor. Ainda que nossas CNH seriam apreendidas e seriam remetidas aos nossos endereços no Brasil, e por isso teríamos ainda que conseguir alguém que pudesse levar as motos embora.


Depois de muito suspense, mais de uma hora de justificações e conversas, o policial solicitou a presença do Gú perto da viatura, onde então tivemos a certeza de que eles queriam algum “regalo” (presente, dinheiro no caso). O outro policial veio até mim para mostrar no Código de Trânsito deles onde constava sobre a multa por excesso de velocidade. Mas quando eu pedi o Código para dar uma olhada, ele não permitiu.

A conversa perdurou por mais um tempo, explicamos nossa situação de falta de dinheiro e problemas no cartão e por isso só tínhamos em mãos 100,00 pesos. Conversamos mais e o oficial pediu os 100,00 pesos que tínhamos para podermos seguir viagem. Ta certo que ele queria no início algo em torno de 1.500,00 pesos, mas ficou feliz com os 100,00 que tínhamos.

Toda a boa imagem que havíamos guardado da Argentina no quesito policiais se desfez, caiu por terra, por conta deste FDP.

Seguimos viagem vagarosamente, seguindo as km indicadas nas placas de sinalização e fizemos mais um abastecimento e comemos alguma coisa se fazendo por almoço.


Mais uns poucos km, onde resolvemos acelerar para sair logo da Argentina e a moto passou a consumir mais combustível, e por isso acabamos por parar mais uma vez em Puerto Iguazú para um último abastecimento, e onde eles aceitavam Reais. Fiz uso de minhas moedas que me acompanharam por toda a viagem devido à impossibilidade de fazer a troca de moeda por dinheiro.

Passamos pela aduana argentina e facilmente entramos no Brasil, sem burocracia, e devido à facilidade, o Gú perguntou para um policial brasileiro, se estava certo ou se tinha mais alguma coisa a se fazer para entrar no país, e o oficial respondeu: “podem ficar tranqüilos, agora vocês estão em casa!”

E o Gú ainda perguntou se não haveria mais polícia argentina, e o policial apenas sorriu e disse que poderíamos seguir tranqüilos.

Na entrada em Foz do Iguaçu, por ser uma cidade muito turística, um guia nos encontrou e passou toda a informação que precisamos. Ficam guias na entrada da cidade para isso, dar as informações aos turistas. E ele ainda nos guiou até um bom Hotel e nos ajudou a marcar de ir conhecer o Paraguay em uma van. E tudo isso sem custo para nós. Os custos ficam a cargo de para quem os guias indicam os serviços.

Como já era tarde, nos restou comer alguma coisa e ir pro quarto, já que passaríamos mais de um dia em Foz, poderíamos colocar as malas das motos em ordem e dar uma revisão e troca de óleo nas furiosas.

Fomos dormir tranqüilos, pois os problemas com o cartão haviam acabado e só restava esperar pelo dia seguinte para conhecer o Paraguay.

Km. Dia: 312,10